domingo, julho 01, 2007

Leituras anotadas - Adam Smith


Adam Smith - (1723-1790)
Anotado I - Sobre as terras comunais
"No momento em que toda a terra de um país se tornou propriedade privada, os donos das terras como quaisquer outras pessoas, gostam de colher onde nunca semearam, exigindo uma renda, mesmo pelos produtos naturais da terra. A madeira de uma floresta, o capim do campo e todos os frutos da terra, os quais, quando a terra era comum de todos, custavam ao trabalhador apenas o trabalho de apanha-los, a partir dessa nova situação tem seu preço onerado por algo mais, inclusive para o trabalhador. Ele passa a pagar pela permissão de apanhar bens, e deve dar ao proprietário da terra uma parte daquilo que seu trabalho colhe ou produz"....

(Conf. Adam Smith - in "Fatores que compõem o preço das mercadorias" - A Riqueza das Nações - São Paulo. Ed. Abril. Série "Os Economistas". V. 1 - pg.79)
Anotado II - Sobre as componentes: renda da terra, lucro e trabalho



"O aumento da quantidade de gado e o aprimoramento das terras são duas coisas que devem andar de mãos dadas, sendo que uma nunca deve avançar mais do que a outra. Sem algum aumento da quantidade de gado, dificilmente haverá qualquer melhoria da terra, mas só pode haver um aumento considerável da quantidade de gado apenas em conseqüência de um melhoramento considerável da terra; porque de outra maneira, a terra não poderia mante-lo. Esse obstáculos naturais à implantação de um sistema melhor só podem ser eliminados por um longo período de economia e trabalho; talvez seja necessário meio século ou um século inteiro para focar abolido no país inteiro o velho sistema, que se está desgastando progressivamente. (...) Evidentemente em nenhum país as terras podem ser complemente cultivadas e aprimoradas, antes que o preço de cada produto nelas cultivadas seja tão compensador que pague as despesas de todo melhoramento e cultivo. Para isso, o preço de cada produto específico deve ser suficiente, em primeiro lugar para pagar a renda de uma boa terra para cereais, já que é esta que regula a renda da maior parte de outras terras cultivadas; em segundo lugar, deve ser suficiente para pagar a mão de obra e as despesas do arrendatário, com a mesma compensação garantida por uma terra em que se cultivam cereais; em outras palavras, o preço do p[reduto deve ser suficiente para repor, juntamente com o lucro normal, o capital empregado na terra pelo arrendatário. (....) Se o aprimoramento e o cultivo constituírem -- como certamente constituem -- a maior vantagem pública, esse aumento do preço de todos os tipos d produtos naturais da terra, ao invés de ser considerado calamidade pública, deve ser visto como o percursos necessário e responsável pelas maiores de todas as vantagens públicas".
("A Riqueza das Nações" - Ed. Abril. São Paulo. 1983 - Série "Os economistas" p. 204)

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