
Anotado I - sobre a renda da Terra.
Foto e biografia:
[1] David Ricardo (1772-1823) - Corretor de Bolsa, conseguiu fazer imensa fortuna. A partir de 1799, após a leitura da Riqueza das Nações, consagra-se a estudos profundos sobre os princípios da ciência econômica.
Segundo comenta Paul Hugon, a propósito da sua teoria da renda
"O homem tendo possibilidade de escolha, ocupou para o cultivo em primeiro lugar as terras mais férteis,. O preço de custo, em todas essas fertilíssimas terras é um único para qualquer de seus proprietários. Estes vendem o produto, que é da mesma qualidade, ao mesmo preço. Realizam um lucro igual para todos: Não há renda. Mas. De acordo com a teoria de Malthus, a população aumenta. Para nutri-la novas terras são lavradas. E, como as cultivadas em primeiro lugar eram melhores ( e limitadas), por hipótese a sua quantidade , as que vão ser exploradas em seguida, são de fertilidade inferior. Para essas terras de segunda categoria, o preço de custo dos produtos será mais elevado. Este preço de custo constituirá o regulador do preço de venda, porque, em função da lei da unidade de preços, ou da indiferença, em um mesmo mercado não pode haver em dado momento senão um único preço para produtos de qualidade semelhante. Se o preço de venda fosse inferior ao de custo do produto destas terras, deixariam estas de ser cultivadas, o que não é possível, pois, a cultura destas foi ditada pelo aumento da procura dos produtos alimentícios em conseqüência do aumento da população. Os proprietários das terras de primeira categoria, vendem, portanto seus produtos por preço igual aos dos produtos das terras se segunda ordem. Obtém com isso, um lucro suplementar, independente do trabalho e do capital consagrado à produção. A renda nasceu no dia em que esse lucro foi obtido. Os preciso continuam a subir. As terras de terceira categoria passam a ser exploradas; e por serem menos férteis, implicam um preço de custo mais elevado que os das de primeira e segunda categorias.. Os preços de venda dos produtos das terras das duas primeiras se elevarão, portanto, para se ajustarem aos preços dos produtos das terras de terceira categoria, e assim por diante.
Essa renda devida à diferença de preços de custo para terras de fertilidade decrescente, é chamada renda diferencial.
Considerando o momento em que todas as terras estejam sendo exploradas, haverá alta geral de preços porque a população continua a aumentar. Esta alta vai proporcionar aos proprietários das terras exploradas em último lugar (as terras marginais), uma renda suplementar, isto é uma renda que não provém do fato de passar a explorar terras de fertilidade inferior. Não se trata de renda diferencial, mas de renda absoluta, que se chama renda de monopólio". (...) O total da venda dos produtos agrícolas se divide em três partes: Uma, é destinada aos proprietários territoriais. É a renda. A segunda, remunera o trabalho: é o salário. A terceira, paga os capitalistas: É o juro, a que Ricardo chama lucro. A medida em que aumenta esse total, a parte atribuída à renda, as reservas ao salário e ao lucro diminuem. Segundo Hugon, há controvérsia. Stuart Mill, diz ele, evitará esse erro, mostrando ser perfeitamente possível produzir a terra uma renda, afora a hipótese de diferença de fertilidade. No caso, por exemplo, de se tornar necessária à cultura toda a terra do País, esta, qualquer que fosse a sua qualidade, daria uma renda. Ricardo entreviu apenas o efeito da raridade na formação da renda. E por essa razão não atribuiu a devida importância ao fenômeno da renda absoluta.
Segundo comenta Paul Hugon, a propósito da sua teoria da renda
"O homem tendo possibilidade de escolha, ocupou para o cultivo em primeiro lugar as terras mais férteis,. O preço de custo, em todas essas fertilíssimas terras é um único para qualquer de seus proprietários. Estes vendem o produto, que é da mesma qualidade, ao mesmo preço. Realizam um lucro igual para todos: Não há renda. Mas. De acordo com a teoria de Malthus, a população aumenta. Para nutri-la novas terras são lavradas. E, como as cultivadas em primeiro lugar eram melhores ( e limitadas), por hipótese a sua quantidade , as que vão ser exploradas em seguida, são de fertilidade inferior. Para essas terras de segunda categoria, o preço de custo dos produtos será mais elevado. Este preço de custo constituirá o regulador do preço de venda, porque, em função da lei da unidade de preços, ou da indiferença, em um mesmo mercado não pode haver em dado momento senão um único preço para produtos de qualidade semelhante. Se o preço de venda fosse inferior ao de custo do produto destas terras, deixariam estas de ser cultivadas, o que não é possível, pois, a cultura destas foi ditada pelo aumento da procura dos produtos alimentícios em conseqüência do aumento da população. Os proprietários das terras de primeira categoria, vendem, portanto seus produtos por preço igual aos dos produtos das terras se segunda ordem. Obtém com isso, um lucro suplementar, independente do trabalho e do capital consagrado à produção. A renda nasceu no dia em que esse lucro foi obtido. Os preciso continuam a subir. As terras de terceira categoria passam a ser exploradas; e por serem menos férteis, implicam um preço de custo mais elevado que os das de primeira e segunda categorias.. Os preços de venda dos produtos das terras das duas primeiras se elevarão, portanto, para se ajustarem aos preços dos produtos das terras de terceira categoria, e assim por diante.
Essa renda devida à diferença de preços de custo para terras de fertilidade decrescente, é chamada renda diferencial.
Considerando o momento em que todas as terras estejam sendo exploradas, haverá alta geral de preços porque a população continua a aumentar. Esta alta vai proporcionar aos proprietários das terras exploradas em último lugar (as terras marginais), uma renda suplementar, isto é uma renda que não provém do fato de passar a explorar terras de fertilidade inferior. Não se trata de renda diferencial, mas de renda absoluta, que se chama renda de monopólio". (...) O total da venda dos produtos agrícolas se divide em três partes: Uma, é destinada aos proprietários territoriais. É a renda. A segunda, remunera o trabalho: é o salário. A terceira, paga os capitalistas: É o juro, a que Ricardo chama lucro. A medida em que aumenta esse total, a parte atribuída à renda, as reservas ao salário e ao lucro diminuem. Segundo Hugon, há controvérsia. Stuart Mill, diz ele, evitará esse erro, mostrando ser perfeitamente possível produzir a terra uma renda, afora a hipótese de diferença de fertilidade. No caso, por exemplo, de se tornar necessária à cultura toda a terra do País, esta, qualquer que fosse a sua qualidade, daria uma renda. Ricardo entreviu apenas o efeito da raridade na formação da renda. E por essa razão não atribuiu a devida importância ao fenômeno da renda absoluta.
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